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Na terça-feira dia 1 de junho de 2010 os alunos do grupo Jornal Expresso fizeram uma visita ao jornal O Liberal para realizar uma entrevista com a repórter Andréa Ferraz Mesquita, formada em jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina. A jornalista é responsável pela área de suplementos.

Os alunos foram bem atendidos pelos profissionais do jornal impresso mais antigo da cidade e a repórter Andréa Mesquita passou de maneira clara o seu ponto de vista quanto ao risco de uma extinção desse meio de comunicação “Eu não sou da opinião de que a internet vai acabar com o jornal impresso, nem com o do rádio ou da TV. Eu acho que cada um tem o seu nicho”.

Redação do jornal O Liberal

A repórter também disse que sempre quis ser jornalista do meio impresso e que nunca pensou em outra profissão e expressou sua opinião sobre o fim da obrigatoriedade de diploma de jornalista “… eu não concordo… qualquer pessoa pode escrever… Ser repórter, de qualquer área, envolve muito mais do que apenas escrever”.

O grupo de estudantes ficou durante um período acompanhando a jornalista em seu espaço de trabalho e percebeu que o jornal O Liberal oferece uma boa estrutura  a seus profissionais com equipamentos eletrônicos novos e uma área agradável que impressiona logo na entrado do jornal, sem contar na redação que foi reformada recentemente.

Redação do O Liberal

Nascida em Araranguá, Santa Catarina, e formada em Jornalismo na Universidade Estadual de

Andrea Ferraz Mesquita

Londrina no ano de 1995, Andrea Ferraz Mesquita, 38 anos, é jornalista e trabalha no jornal de

Americana, São Paulo, O Liberal, há 3 anos e 8 meses. Residente do município de Piracicaba, ela trabalha na parte dos suplementos impressos (moda, beleza, decoração, adolescentes, crianças, comportamento, revistas, saúde, economia, cidades).

O Liberal é editado no município de Americana, São Paulo, e tem 58 anos de história. Fundado por Jessyr Bianco, Romeu Mantovani e Fausto Montovani, é o jornal mais antigo da cidade. Além de Americana, também circula nas cidades de Santa Bárbara d’Oeste, Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia.

Jornal Expresso: Porque você decidiu ser jornalista?

Andrea: Eu sempre quis ser jornalista, nunca me vi fazendo outra coisa. Desde pequena eu gostava muito de escrever, e sempre quis ser jornalista de impresso. Eu lembro quando eu tinha 10, 11 anos e me perguntavam ‘O que você vai ser quando crescer?’, ‘Ah, eu vou ser jornalista’, ‘Você vai trabalhar na Globo?!’, e eu falava ‘Não, eu vou escrever’. Eu sempre gostei muito de escrever, e eu queria casar o fato de eu gostar de escrever com alguma profissão. E a única profissão era Jornalismo. Eu nunca me vi fazendo outra coisa.

JE: O que você acha sobre os avanços tecnológicos dentro do jornalismo?

A: Eu não sou da opinião de que a internet vai acabar com o jornal impresso, nem com o do rádio ou da TV. Eu acho que cada um tem o seu nicho. O tempo está passando, então os mais jovens querem tudo online, não querem pegar o jornal e ler. Mas ainda tem sim espaço para todas as mídias. É muito bom ter o jornalismo online, com notícias praticamente simultâneas ao que elas estão acontecendo, mas, ao mesmo tempo, essa rapidez, que existe hoje por causa da tecnologia, leva muitos erros. Então eu acho que ainda estamos naquele caminho do erro e acerto. Porque quando você tem pressa de apurar alguma coisa, como acontece no jornalismo online, você dá uma informação errada, muitas vezes você tem que fazer um desmedido. Essa necessidade da rapidez da informação está deixando de lado a precisão da informação. Já no jornalismo impresso você tem mais tempo, você apura e mesmo assim há erros. Então imagine, se você tem o dia inteiro para apurar uma matéria, e ainda sim há erros, ou numa revista que você tem a semana inteira, e ainda sim há erros, imagine uma coisa de 5, 10 minutos para apurar. Eu acredito sim que há espaço para todas as mídias. Em termos de Brasil, o acesso ainda é muito restrito. E eu acho que as tecnologias vieram pra somar e não pra tirar lugar. Eu acho, também, que quem está na área tem que se atualizar em relação a isso, não pode desprezar esse tipo de tecnologia. Eu acho que elas caminham juntas, hoje.

JE: O que você acha da lei que põe fim na obrigatoriedade do diploma de jornalismo? Você concorda?

A: Não, eu não concordo. Eu acho que você dizer que ‘Ah, qualquer pessoa pode escrever’, eu acho que assim, um advogado pode escrever um artigo sobre direito, um dentista pode escrever um artigo sobre saúde bucal, mas dificilmente eles vão fazer a apuração. Ser repórter, de qualquer área, envolve muito mais do que apenas escrever. Ninguém senta e escreve. Você tem que apurar, tem que levantar os fatos, tem que entrevistar, tem que ir no lugar.. Quer dizer, tem todo um trabalho que é o profissional da área que sabe. Todo mundo sabe que essa campanha foi feita por ‘n’ razões. Já é uma classe desunida, os jornalistas são desunidos. Tanto é uma classe desunida que nós não temos um piso salarial legal. Por isso que eu falo que você tem que gostar muito: você não vai ganhar muito, não é uma classe favorecida, é uma classe onde ninguém se une, os sindicatos – na minha opinião – são totalmente inoperantes, ou seja, nós não temos força. Caiu o diploma, mas pegue qualquer anúncio da Folha pra ver o que ela exige para que se possa trabalhar lá: no mínimo pós-graduação. Então caiu o diploma, mas não mudou muita coisa. Claro, vai ter muito jornal, rádio, de fundo de quintal que vai pegar qualquer um e colocar lá, pagar um salário baixo. Só que as pessoas esquecem que um salário ruim demanda num trabalho ruim. Uma coisa é: eu sei que o meu piso é ‘x’, então eu estar nesse piso e fazer um trabalho bem feito. A outra coisa é: eu vou me sujeitar a trabalhar recebendo metade do meu piso? Que é o que acontece com essas pessoas que estão querendo ser jornalistas. Isso é uma briga política, com a qual eu não concordo, e a maior prova de que não mudou muita coisa é porque os bons órgãos de comunicação continuam exigindo profissionais formados.

JE: O que você acha do jornalismo digital e da credibilidade dada a ele?

A: Você, na pressa de colocar as coisas online, pode errar. Então eu acho que falta a paciência para apurar os fatos corretamente. Na ânsia de você dar uma informação, você dá a informação errada. Então eu acho que isso depõe um pouco contra, principalmente para as pessoas mais velhas. Por exemplo, meus pais não lêem jornal na internet, tem que ler na folha. Pra gerações acima da minha ainda não é confiável o jornalismo online. Pra minha geração, e principalmente pra mim que trabalho com isso, é confiável sim, mas com ressalva. Pra geração abaixo de mim é 100% verdadeiro. Já se foi colocado notícia falsa na internet que virou verdade! O pessoal está confundindo simultaneidade com descaso, que não é a mesma coisa.

JE: Quais foram às mudanças no jornalismo que você acompanhou? Qual evolução você achou mais significativa?

A: Bom, eu cheguei a trabalhar com máquina de escrever, por incrível que pareça. Em 1994, quando eu fazia estágio, eu escrevia com máquina de escrever. Depois, quando eu cheguei mesmo a trabalhar, porque eu fiquei um ano fora do Brasil, já era computador. A maior evolução mesmo é a internet. A internet veio pra fazer você ficar mais rápido, ela ajudou muito. É uma ferramenta que facilitou muito a vida do jornalista e a busca pela informação. Ao mesmo tempo ela meio que acomodou. Porque daí você tem tudo na mão, você não vai muito atrás.

JE: Quais características você acha que seriam essenciais para o jornalismo impresso continuar tendo credibilidade? E como manter o público interessado no material?

A: Eu acho assim, nós temos mais tempo para apurar a matéria. Então o público até pode ler na internet uma parte, mas ele quer ler tudo, ele vai continuar fiel a isso. Tudo começa com uma boa apuração, se você não fizer uma boa apuração, a matéria pode se perder. Mas você também tem que ter muito cuidado com aquilo que você está apurando. Eu acho que a única coisa que todos os jornais estão pecando é a maneira gráfica que não está muito atrativa ao leitor. Eles precisam remodelar isso. Quando não tem foto, é muito ruim porque o leitor não tem interesse. Então você tem que ter uma boa apuração e uma boa aparência, o visual também tem que atrair.

JE: Quais características o jornalismo impresso tem que o faz diferente das outras áreas jornalísticas?

A: Eu acho que é credibilidade, o tempo maior para apurar, aquela coisa mesmo de você pegar o jornal para ler. Muita gente lê o jornal tomando o café da manhã, muita gente lê enquanto está indo trabalhar, no ônibus. Em São Paulo, no metrô, é muito comum ver pessoas lendo jornal. E a partir do momento que você não tem uma tecnologia, como a internet, disponível 24 horas por dia, você tem outros meios de ter informação. Mas eu acho que o que difere mesmo é a possibilidade do leitor ter uma matéria mais completa. E o principal mesmo é a credibilidade.

Na quarta-feira, 10 de março, os alunos do 1º semestre de jornalismo da Unimep visitaram os laboratórios de comunicação da Universidade. Os cursos que utilizam esses laboratórios são, além de Jornalismo,  Publicidade e Propaganda e Rádio e TV, todos com quatro estrelas de acordo com o Guia do Estudante 2009.

Visitaram também a hemeroteca, onde heméra do grego significa “dia”, mais théke que significa “depósito” ou “coleção” que é uma sala na Facom onde ficam livros, revistas, jornais e DVDs relacionados aos cursos juntamente com trabalhos realizados anteriormente pelos alunos.

Hemeroteca

Os calouros passaram também pelos estúdios de rádio e de TV que sedem ao aluno, toda a infra-estrutura necessária para prepará-lo profissionalmente. Há um uso frequente dessas salas através de trabalhos e aulas  que carecem de tal estrutura. É partindo desses momentos que os professoras têm a oportunidade de ensinar aos alunos como usar equipamentos como câmeras, microfones e ainda, a postura correta diante das câmeras.

Estúdio de TV e Estúdio de Rádio

Por fim, a classe visitou o laboratório fotográfico onde os alunos terão a oportunidade de trabalhar com câmeras analógicas e irão aprender como se revela um filme fotográfico, igual nos filmes hollywoodianos que a revelação deve ser realizada em uma sala escura e em certa etapa apenas com uma luz vermelha para não danificar o filme.♦

Fotos: Isabela Borghese Margiotta

Texto: Matheus Calligaris e Isabela Borghese Margiotta

Livro: Teoria do Jornalismo; Felipe Pena; Editora Contexto

Após a leitura e reflexão do capítulo Conceitos e histórias do livro “TEORIA DO JORNALISMO” de Felipe Pena, apresentamos reflexões sobre os seguintes temas:

JORNALISMO: CONCEITO, FUNÇÃO E IMPORTÂNCIA NA ATUALIDADE

O jornalismo é a busca da onipresença, é o dom da ubiqüidade, ou seja, trazer segurança às pessoas através da sensação de que estão em todos os lugares e ao mesmo tempo por meio da informação vinda de outro.

Possuindo linguagem e método próprios e ocupando um espaço público, o jornalismo tem como função contar histórias reais produzindo informação de interesse da comunidade. Logo, sua função é mostrar ao mundo a realidade do modo mais neutro e imparcial possível.

O DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DO JORNALISMO

Antes de qualquer coisa é importante pensar no jornalismo como mídia e com isso salientar que sua história não pode ser compreendida fora do âmbito de uma história de mídia. Além disso, pode ser construída a partir de várias dimensões, como a tecnológica, econômica e social.

Nas etapas do desenvolvimento do jornalismo passamos pelo surgimento da escrita, do alfabeto, do papiro e depois do papel, pelos aperfeiçoamentos do Gutemberg na imprensa, até a invenção dos jornais e o crescimento do ciberespaço.

Pensando na história do jornalismo no sentido de uma possível linha do tempo, temos a “pré-história do jornalismo”, iniciando-se em Atenas com os relatos orais, passando pela imprensa manuscrita não periódica e depois a imprensa esporádica, ambas na Itália. Logo em seguida, com o jornalismo torna-se profissão a partir das publicações periódicas no século XVII na Alemanha, Inglaterra e Países Baixos e a partir dos primeiros jornais diários na Alemanha (1650), Inglaterra (1702) e França (1777).

TENDÊNCIAS DO JORNALISMO DIANTE DAS NOVAS TECNOLOGIAS

Há alguns anos é possível notar o crescimento do ciberespaço no mundo por suas diversas vantagens, como a velocidade, a possibilidade da hiperinformação e as mídias que ele suporta. Estamos vivendo o que chamamos de “jornalismo moderno”, no qual a periodicidade, a atualidade, a difusão de publicidade e a universalidade são características principais. Com isso, podemos concluir que as tendências do jornalismo irão por esse caminho, que é o da velocidade da informação e da rapidez da publicação.

Porém, através da Internet o jornalismo pode perder sua credibilidade e confiabilidade, já que qualquer pessoa, graduada ou não em jornalismo, pode publicar notícias a qualquer momento, sendo verdade ou mentira. Então, o jornalismo precisa se fortalecer também nessas mídias tecnológicas atuais, pois com a falta de tempo dos leitores, o que for menor e mais atualizado, terá mais atenção.



Apresentação

Carla Juliana de Oliveira, Isabela Borghese Margiotta, Eduardo Machado, Vinícius Montebello e Matheus Calligaris são estudantes de jornalismo do primeiro semestre na UNIMEP – Universidade Metodista de Piracicaba. Neste blog iremos  registrar nossos trabalhos, opiniões e impressões relacionadas às mais diversas áreas do jornalismo. Esse mesmo trabalho está vinculado com a disciplina de “Introdução ao Jornalismo I”, ministrado pelo professor Paulo Roberto Botão.

Como todo meio de comunicação virtual visaremos passar as informações de maneira sucinta, sem muitas delongas. Por isso escolhemos o nome  “Jornal Expresso“.

Esperamos que gostem e não deixem de acompanhar os textos, fotos, entrevistas e novidades que postaremos aqui ao longo do curso.